quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Estrada da vida


Na calada da noite, mediante os sonhos
O eu lírico consegue dialogar consigo
Sonhar com os seus amores
Ou até mesmo acordar e despertar do pesadelo que se encontrava

O silêncio revela o nosso interior
Sendo esse o grande motivo de evitá-lo
A busca ao barulho é a fuga de nossa real essência

As feridas já foram cicatrizadas
Não se sabe se era amor, mas sei que senti muita dor
Posso até sofrer, mas jamais será por ti

Na longa estrada da vida pude enxergar
Os momentos de insatez me trouxeram alegria
Alguns até nem posso revelar

Pessoas vão e vem, como em um filme
Uns são atores principais, outras apenas figurantes
Mas no fim cada um terá feito o seu papel

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vida bela

 

                    Ao acordar nesta quarta, fiquei a questionar porque insistimos em reclamar; seja da secretária que chega contando as manchetes do Jornal Daqui, do patrão enjoado, das contas a serem pagas, de não ter dinheiro, do calor insuportável ou do frio demasiado, questiona porque ninguém sem importa com as suas aflições.
                  Entretanto, deixe-se de agradecer ao amor a família dá, enquanto alguns queriam apenas um abraço acolhedor; da casa confortável que possui, enquanto alguns só desejavam um teto parar dormir e se proteger; da saúde que permite que possa ir à luta diariamente, enquanto enfermos morrem nas filas dos hospitais; da comida que mesmo não sendo “ a melhor” não lhe deixa passar fome; do espetáculo que acontece todos os dias no céu.
                 Não veja mais, passe a olhar; ao invés de narrar, disserte; faça o seu filme em plano sequência, sem muitas tomadas. “Cara pálida”, rompa o jeitinho brasileiro denominado por Laraia e sonhe, busque, conquiste, erre, mas depois acerte; beije, saia, ame, cometa loucuras; só não viva em vão. A vida é muito curta para deixar a sobremesa pra depois.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Páginas em andamento



A vida é como um caderno
Porém, não deixa espaço pra rascunho
Borra-se as folhas com os erros
Mas logo conclui-se a mensagem com as alegrias

Seria muito mais belo se usasse lápis de cor 
Colorindo as suas páginas
Entretanto insiste-se em redigi-lo com o velho lápis preto

Toda história de vida está nele
Na qual não permite páginas em branco
Nem tão pouco folhas arrancadas
Alguns infelizmente não conseguem completá-lo

Inúmeros personagens há neste "livro"
Destacando-se os atores principais
Que dão força e desejo para continuarmos
Alcançando assim um final feliz



sábado, 30 de abril de 2011

SobreVIVER


Ainda me pego de surpresa
Pensando em você
Um pleonasmo que não consigo corrigir
A maior fraqueza dentro de mim

A vida segue inconstante
As flores não produzem pólen
O sorriso disfarça a tristeza
As lágrimas abastecem o Oceano

Sonhos tornaram-se pesadelos
As conquistas não são desejadas
Meus sentidos exigem você
Assim voltarei a viver, não só sobreviver.

domingo, 17 de abril de 2011

Depois da chuva sempre vem o sol


Nesta tarde chuvosa 
Em plena nostalgia
Me recordo do teu sorriso
Que enfeitava o meu jardim

As pontas dos teus dedos
Que afagavam o meu cabelo
O mel do seu beijo 
Que adocicava meus lábios

O teu olhar investigativo
Que decifrava meus segredos
Mas com os pés descalços e cabelos ao vento
Busco novos horizontes para percorrer

Aonde as estrelas voltem a brilhar
A lua iluminar, o sol aquecer
As flores desabrochar
E eu possa voltar a viver.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Desejo Passional


Eu fecho os olhos para ver sua imagem
Sua voz é melodia aos meus ouvidos
Sei que viver sem você já não consigo

A saudade invade o meu peito
E fico louca de desejo
Desejo de te ver e te ter

As horas passam
E este sentimento só cresce
Gosto de ti
Mesmo sabendo que não merece

O medo permanece
Mas se não arriscar, o que será dessa paixão?
Em meio a tanto desespero
Já até pedi conselhos

As pessoas não sabem o que dizer
Pois a resposta está com você
Não sei o que fazer
Mas posso tentar entender

Bem que tudo poderia ser um sonho
Mas quando acordo tudo permanece intacto
O tempo será o diagnóstico
Em que mostrará o que será melhor para mim e você

domingo, 10 de abril de 2011

A dor da saudade


E o meu peito dói
Dói de saudades
Saudades de todos os tempos
Tempos nos quais passamos juntos

Tão rápido passou
Que nem nos demos conta
Nas ações cotidianas
Os anos voaram

Cronometrávamos para ir logo
Mas quando chegou a hora de partir
A única vontade era que o tempo parasse

Sorrisos, lágrimas, brigas
Tinham presença confirmada
Ah! E a oração de cada dia
Era simplesmente o que nos caracterizava

Aprendemos a superar as dificuldades
E exaltar as qualidades
Uma união "harmoniosa"
No qual crescemos juntos

Todos os instantes foram aproveitados
Uns até demais
Alguns entraram em nossas vidas
E não saíram nunca mais

É! Mas chegou a hora de seguir o trajeto
Talvez alguns caminhos se cruzem
Outros eternamente opostos estarão

Em um verdadeiro paradoxo encontro-me
Com o desejo de rebobinar a fita
E viver tudo novamente

Não foram raras as vezes
Em que resmungamos da farda
Mas chegou o dia
No qual desejamos colocá-la

Os professores tornaram-se amigos
Os amigos tornaram-se irmãos
E isto nada irá deletar

O tempo pode parar
A chuva cair
O sol se pôr
Mas nos nossos corações 
A família CPMG eternizará